A disputa entre NVIDIA e AMD atinge um novo patamar em 2025 com o lançamento das novas gerações de GPUs: a série RTX 50, baseada na arquitetura Blackwell, e a série Radeon RX 8000, que traz a evolução da arquitetura RDNA 4. Ambas as fabricantes prometem avanços significativos em desempenho bruto, eficiência energética e recursos de upscaling baseados em inteligência artificial. Neste artigo, vamos destrinchar as diferenças entre essas duas linhas para te ajudar a entender qual placa de vídeo vale mais a pena em 2025.
Arquitetura e eficiência energética: Blackwell vs RDNA 4
A arquitetura Blackwell da NVIDIA representa um salto geracional considerável em relação à Ada Lovelace. Com uma litografia de 3nm (TSMC), a nova geração promete maior densidade de transistores, melhor desempenho por watt e avanços expressivos em Ray Tracing. Os Tensor Cores da NVIDIA também receberam upgrades, focando em tarefas de IA e no DLSS 4.0, que agora se aproxima ainda mais da reconstrução perfeita de imagem.
Do lado da AMD, a arquitetura RDNA 4 não representa uma revolução visual ou estrutural comparada à RDNA 3, mas sim uma otimização geral com foco em eficiência. A litografia de 5nm (com alguns chips em 4nm) também ajuda na redução de consumo. O foco da AMD continua sendo a entrega de alto desempenho em rasterização com melhor custo-benefício e consumo reduzido, mesmo sem igualar a NVIDIA em recursos de Ray Tracing.

Desempenho em jogos: benchmarks preliminares
A RTX 5090 lidera o mercado de GPUs em desempenho absoluto. Em jogos como Cyberpunk 2077 com Path Tracing ativado, a nova top de linha da NVIDIA é capaz de atingir mais de 100 fps em 4K, algo antes inalcançável. Isso se deve à combinação de maior poder computacional e do DLSS 4.0 com Frame Generation aprimorado.
A RX 8900 XTX da AMD, por sua vez, mostra um desempenho forte em 1440p e 4K com rasterização tradicional, mas ainda patina em Ray Tracing mais pesado. Em títulos como Starfield e Resident Evil 4 Remake, a RX 8900 XTX bate de frente com a RTX 5080, mas perde em jogos otimizados para Ray Tracing ou com suporte robusto a DLSS.
DLSS 4.0 vs FSR 3.1: a guerra do upscaling
O DLSS 4.0 é um dos principais trunfos da NVIDIA. A nova versão utiliza redes neurais mais sofisticadas, melhor treinamento de IA e novo algoritmo de interpolamento de quadros que reduz input lag. A qualidade visual se aproxima do 4K nativo, mesmo em resoluções inferiores.
Do outro lado, o FSR 3.1 da AMD melhorou bastante em relação à versão anterior. A tecnologia agora oferece Frame Generation e melhor nitidez geral, mas ainda depende muito da implementação individual dos desenvolvedores, o que nem sempre garante resultados consistentes. Além disso, o FSR continua sendo uma solução mais “generalista”, com performance menor em comparação ao DLSS nos jogos que suportam ambas.
Consumo e eficiência térmica
As placas RTX 50 continuam puxando muita energia, com a RTX 5090 chegando perto dos 500W. Por isso, exigem fontes robustas e soluções de refrigeração avançadas. Em contrapartida, oferecem desempenho que justifica o consumo.
A AMD manteve seu foco na eficiência. A RX 8900 XTX apresenta TDP abaixo dos 350W, e modelos como a RX 8800 XT chegam aos 300W. A empresa também fez ajustes no gerenciamento de tensão, tornando seus modelos mais fáceis de resfriar.
Preço e custo-benefício
A NVIDIA continua com preços premium. A RTX 5090 está estimada entre US$1.699 e US$1.799, enquanto a RTX 5080 deve sair por US$1.199. Já a AMD segue mais agressiva: a RX 8900 XTX deve custar em torno de US$999, enquanto a RX 8800 XT chega a US$699, mirando diretamente no consumidor gamer exigente mas com orçamento controlado.
Conclusão: qual é a melhor opção em 2025?
Se você quer o que há de mais avançado tecnologicamente, com recursos de IA, upscaling premium e Ray Tracing no talo, a linha RTX 50 da NVIDIA é imbatível. Mas esse pacote vem com alto consumo, necessidade de fonte potente e um preço elevado.
Se o foco é custo-benefício, excelente desempenho em rasterização e menos preocupações com aquecimento ou compatibilidade, a AMD RX 8000 entrega muito pelo que custa. Pode não ser tão impressionante tecnicamente quanto a NVIDIA, mas oferece uma experiência ótima para a maioria dos jogos atuais e futuros.